Criminosos colombianos que furtaram Terço Beneditino em Ouro Preto passam a integrar lista do MPMG Busca
Os quatro colombianos denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por envolvimento no furto de um terço de ouro do Rosário Beneditino, no Museu de Arte Sacra da Igreja do Pilar, em Ouro Preto, passaram a integrar o MPMG Busca, um programa que reúne esforço interinstitucional para dar cumprimento a mandados de prisão em aberto. A iniciativa é coordenada pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais (Caocrim). Uma das mulheres envolvidas já foi presa no dia 17 de novembro.
Desde sua instituição, o MPMG Busca já obteve êxito na captura de sete criminosos de alta periculosidade. Além dos colombianos, outros nove estão foragidos e fazem parte da lista de prioridades. Um outro indivíduo foi preso, mas teve a prisão revogada. A última captura ocorreu em outubro deste ano.
Sobre a quadrilha colombiana, uma mulher foi detida no âmbito das investigações, enquanto um casal é considerado foragido, e outro homem teve a prisão preventiva solicitada. O Ministério Público revelou que, além do crime em Ouro Preto, os acusados possuem laços familiares e afetivos, formando uma associação criminosa estável especializada em crimes contra o patrimônio em diversas partes do Brasil. O grupo se destacava pela divisão de tarefas e pela partilha dos lucros ilícitos entre os membros.
O MPMG, além de pleitear as prisões, requereu uma compensação financeira pelos danos causados. Foi solicitado o pagamento de R$ 100 mil por danos materiais e R$ 500 mil por danos morais em decorrência do furto.
Segundo as autoridades, os acusados têm registros criminais em diferentes estados brasileiros, incluindo Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Maranhão, Piauí, Rondônia, Tocantins e Ceará.
A dinâmica do crime, conforme apurado pelo MP, começou em 24 de outubro, quando os denunciados alugaram um veículo em São Paulo. Através do rastreamento do veículo e das imagens das câmeras de segurança da região, foi constatado que o grupo se deslocou até Ouro Preto. Nos dias seguintes, os criminosos estiveram no local para coletar informações que facilitaram o planejamento dos furtos na cidade histórica.
A pedido do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais (Caocrim) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) tem prestado apoio permanente nas ações de busca dos autores do furto do Rosário Beneditino. O trabalho também visa recuperar o relicário de ouro subtraído.
Segundo o promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda, coordenador do Caocrim, a integração das ações das diversas forças de segurança pública do Estado de Minas Gerais e o apoio do MPSP foram essenciais para a elucidação do crime e o oferecimento de denúncia criminal contra os criminosos, todos colombianos e com diversas passagens pela polícia no Brasil.