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Relatório chama atenção para segurança de 229 barragens no país, incluindo Itabirito, Ouro Preto e Mariana

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), lançou nesta quinta-feira (27) a edição de 2023 do Relatório de Segurança de Barragens (RSB). O documento, apresentado em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, contabiliza um total de 25.943 estruturas em todo o país, representando um aumento de 8% em comparação com o relatório de 2022.

Desse total, 229 barragens requerem um olhar mais atento em relação à segurança, incluindo estruturas localizadas em Itabirito (Maravilhas II), Ouro Preto (Água Fria, Dique de Pedra, Doutor, Forquilhas I, II, III e Grupo) e Mariana (Campo Grande, Dicão Leste e Xingu). Entre essas barragens destacadas no relatório, 52 têm a irrigação como uso principal, 44 são para contenção de rejeitos de mineração e 28 para abastecimento humano. Os dados reunidos pela ANA apontam também que 44% dessas 229 estruturas já registraram algum acidente ou incidente. Somente em 2023, foram 50 ocorrências.

Elaborar o RSB é uma atribuição da ANA instituída pela Lei Federal 12.334/2010, conhecida como Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). O relatório traz dados referentes às barragens construídas para diversos usos: abastecimento humano, regularização de vazão, dessedentação animal, irrigação, aquicultura, uso industrial, paisagismo, recreação, contenção de rejeitos de mineração, contenção de resíduos industriais e hidrelétricas.

A maioria das 25.943 barragens cadastradas está relacionada com a agropecuária: 9.615 têm como principal uso a irrigação e 5.433 a dessedentação animal (locais para fornecer água aos animais, como açudes). Essas duas categorias respondem por 58% do total. As hidrelétricas representam apenas 5% e as barragens de mineração 3,6%.

Quando se considera o armazenamento, o cenário é diferente. As 25.943 barragens no país podem acumular ao todo 645,5 bilhões de metros cúbicos. As hidrelétricas respondem por 88,7% desse volume e o abastecimento humano por 6,4%. As demais categorias encontram-se abaixo de 2%.

Veja o relatório completo em: www.snisb.gov.br/portal-snisb/documentos-e-capacitacoes/rsb.

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