ANM fiscaliza barragens após abalos sísmicos na região de Ouro Preto e Congonhas

Técnicos da Agência Nacional de Mineração (ANM) estiveram em Minas Gerais nesta terça-feira (26) para vistoriar de perto nove barragens de rejeito pertencentes à CSN e à Vale. A visita se deu após um abalo sísmico que alcançou magnitude 3.2 na Escala Richter na região entre Congonhas e Ouro Preto. Os tremores de terra foram sentidos na noite de segunda-feira (25).
Segundo os especialistas da ANM, a barragens vistoriadas estavam no perímetro dos abalos sísmicos. A inspeção teve objetivo de assegurar que o fenômeno não provocou nenhuma anomalia nas estruturas.
Logo pela manhã, os fiscais da ANM estiveram em Congonhas, nas barragens Casa de Pedra e B4, ambas da empresa CSN Mineração, e analisaram todos os instrumentos medidores, como piezômetros, indicadores de níveis de água, drenos de fundo, cristas e ombreiras. Não foi detectada nenhuma anomalia que chame a atenção para acionar qualquer tipo de emergência.
Pela tarde, a vistoria foi nas barragens da Vale, localizadas em Ouro Preto: Forquilhas I, II, III e IV e a barragem Grupo. Por já estarem em níveis 1,2 e 3 de emergência, os técnicos da ANM estão impedidos de entrar nas estruturas, mas puderam analisar os fatores de segurança por imagens feitas por drone e visitaram o centro de monitoramento geotécnico da empresa. Alguns piezômetros e a microssísmica receberam resposta ao sismo durante a noite de ontem, mas já apresentam leitura de normalidade.
“A exemplo das outras estruturas, as barragens Vigia e Auxiliar do Vigia também serão vistoriadas e nós já exigimos da CSN os relatórios para averiguar as condições dessas estruturas até o momento. A ANM determinou também que as duas empresas intensifiquem a inspeção e o monitoramento diário de todas as barragens envolvidas”, explicou chefe de Segurança de Barragens da ANM em Minas Gerais, Wagner Nascimento.