Resposta para a pergunta de um internauta de Itabirito; ‘Você existe?’
Essa pergunta foi feita para a autora do texto através de uma mensagens no 'direct'
Entre viver e existir; qual será o mais importante?
Ontem recebi uma mensagem no ‘Direct’:
_Você existe mesmo?
_Claro!
_Que pena… eu pensei que você vivia?!
Fiquei pensando sobre isso… Agora a gente precisa perseguir o tempo todo a sensação de estar ‘vivo’? Aventuras, paixões devastadoras, experiências de transcendência, o grito do gol no fim do campeonato…etc Meu Deus, não nego a importância desses momentos. Mas será que o fato de “apenas” existir já não é o suficiente?
Engraçado que desde criança eu ficava impressionada com o fato de existir! Eu simplesmente ficava de boca aberta e ainda continuo…
Olha que louco é a existência! Você já parou para pensar em quantas histórias de amor precisou acontecer para você existir? Quantos encontros e nascimentos?
Se você fizer uma conta de apenas 5 gerações, vai descobrir que foram ai no mínimo 126 pessoas ou 63 encontros que precisaram dar “certo” para você existir!
Se eu te disser que você é único e que nunca vai existir alguém como você, isso vai soar como algo banal! Mas não, você não é único, você é um FENÔMENO!
Pensa… Você é a somatória de todos os encontros amorosos, experiências, pensamentos, cruzamentos genéticos, percepções, etc… Juntando tudo isso é matematicamente impossível “acontecer” outro de você!
Então, não estou negando que viver é mais importante que existir. Mas para viver intensamente, com o devido valor que a vida merece, há de se ter uma breve noção do absurdo da existência! Porém, não podemos ofender a vida apenas agradecendo, o fato de existir! Que tenhamos a vontade de retribuir ao mundo, através das nossas ações, a dádiva de SER alguém…
Há uma alegria selvagem em estar vivo. Há uma embriaguez da existência. Cada hora é uma amante para o meu desejo infinito. Arthur Lundkvist