
Na tarde desta quinta-feira (10), por volta das 15h30, uma equipe da Guarda Civil Municipal de Itabirito, em apoio à Comissão de Proteção à Fauna, realizou uma operação no Balneário Água Limpa após o recebimento de uma denúncia anônima sobre maus-tratos a animais.
Ao chegarem ao local, os agentes e integrantes da comissão foram recebidos por uma moradora, que autorizou a entrada na residência. No quintal, foram encontrados cerca de 15 porcos, uma vaca, três gatos e aproximadamente 30 galinhas, todos sem acesso visível a água ou alimentação. A responsável foi orientada a oferecer água aos animais, o que foi prontamente atendido.
Durante a vistoria, um cachorro morto foi encontrado pendurado no muro da residência por uma corrente, indicando possível enforcamento. O corpo do animal apresentava sinais de decomposição, como rigidez cadavérica, inchaço e presença de larvas, sugerindo que a morte teria ocorrido há alguns dias. Havia, inclusive, uma denúncia anterior relatando a mesma situação. Outros animais, como galinhas, também foram encontrados mortos.
Questionada sobre o ocorrido, a moradora demonstrou surpresa e alegou ter alimentado o animal naquela manhã, o que contradiz os sinais encontrados. Diante da gravidade do caso, os agentes informaram que ela seria conduzida à Delegacia de Polícia Civil para esclarecimentos. A mulher inicialmente resistiu, mas acabou concordando em acompanhar os agentes sem necessidade do uso de algemas.
Durante a ação, ruídos vindos da parte interna da residência chamaram a atenção da guarnição. Em nova inspeção, foram encontrados outros seis cães presos por correntes curtas, em condições semelhantes às do animal morto. Os cães foram resgatados e levados ao canil municipal.
Além disso, cinco aves em situação precária também foram retiradas do local, incluindo um papagaio, uma ave silvestre de cor preta e três calopsitas mantidas em uma mesma gaiola. A responsável não possuía autorização para criação das aves. No galinheiro, foram localizadas algumas galinhas mortas.
Após o resgate, a moradora recebeu voz de prisão, sendo levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Celso Matos Silva para avaliação médica e, posteriormente, à Delegacia de Polícia Civil em Ouro Preto, onde o caso segue sob investigação.