
O vereador Pastor Anderson do Sou Notícia fez duras críticas à atuação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Itabirito. Apesar de reconhecer a importância do programa federal, Pastor Anderson afirmou que a estrutura atual oferecida à população é insuficiente e que as condições de trabalho para os profissionais do serviço são inaceitáveis.
“Quando o SAMU funciona, ele salva vidas e gera emprego. Eu não fujo da raia. Recebi diversas denúncias de funcionários que trabalham em condições insalubres”, declarou. Segundo o vereador, durante eventos como o Julifest, os profissionais chegaram a atuar sem energia elétrica no local onde estavam alocados. Ele afirma ter cobrado providências da gestão municipal na época.
A principal crítica do vereador recai sobre a estrutura da unidade básica que atende Itabirito, composta por um motorista, um técnico de enfermagem e um enfermeiro. Para casos mais graves, uma unidade avançada precisa ser deslocada de Ouro Preto, o que aumenta o tempo de resposta e pode colocar vidas em risco.
Pastor Anderson também denunciou o excesso de burocracia no atendimento via central do SAMU em Belo Horizonte: “A pessoa está quase morrendo e fica sendo interrogada. São 15, 20 minutos até a ambulância ser acionada”.
O parlamentar afirmou que está articulando, junto à Secretaria de Saúde do município, a transferência da base do SAMU para a sede da Brigada Municipal, onde haveria melhores condições para os profissionais. Em tom enfático, lançou um movimento que chamou de “Fora SAMU de Itabirito”, caso não haja uma reestruturação com a instalação de uma unidade avançada com médicos, paramédicos e equipamentos de UTI no próprio município.
Durante o Jornal Sou Notícia, o vereador também relatou o caso recente de um recém-nascido que precisou ser transferido para Belo Horizonte e teve a remoção adiada por conta de entraves administrativos entre a Secretaria de Saúde e a equipe do SAMU. “Se não fosse a pressão e a medida judicial, a transferência não teria acontecido a tempo”, afirmou.
Pastor Anderson finalizou seu pronunciamento dizendo que não se cala diante das críticas e que continuará cobrando melhorias: “Nós não estamos querendo um serviço meia-boca. Nós vamos melhorar esse negócio. Vamos colocar uma unidade avançada”.