ComportamentoGeralItabirito

Itabirito: Mãe de Roitman clama por justiça no caso da morte de seu filho; VÍDEO

Itabirito (MG) – Márcia Maria Ferreira (58) é uma mulher em eterno luto. Ela era mãe de Carlos Roitman, funcionário público que foi assassinado, em 2013, com requintes de crueldade (veja entrevista em vídeo nesta página).

Na época, Erickson Tayrone dos Santos, conhecido como Tazinho; Edalmo Conceição; Thiago Lúcio Araújo e Jonathan Evangelista Firmo, conhecido como Jhoninho foram presos acusados de participação no crime. Tazinho era réu confesso.

Atualmente, segundo dona Márcia, ninguém está preso. Apesar de tudo, ela afirma que ainda tem esperança na Justiça.

Filha de Roitman

Dona Márcia espera ainda uma autorização da Justiça para conseguir fazer um exame de DNA na filha de Roitman. Isso para que a pequena de 5 anos (que Roitman não teve a chance de conhecer) possa receber algum benefício.

A mãe da criança, que mora em Ouro Preto (MG), segundo dona Márcia, não colabora com o sustento da filha. “Vivo de favores e de R$ 215 mensais que ganho do Bolsa Família. Dessa forma, sustento minhas duas filhas”, confessou ela.

A seguir, veja a entrevista em vídeo feita pelo Sou Notícia com dona Márcia neste domingo (17). Na sequência, o internauta pode relembrar o crime.

Uma morte que chocou Itabirito

Na época do assassinato em entrevista ao repórter Romeu Arcanjo, o delegado de Itabirito, Marcus Vinícius Soares e sua equipe de policiais revelaram detalhes do crime que tirou a vida de Carlos Roitman, com então 30 anos de idade.

Quatro pessoas, que participaram diretamente do assassinato, estiveram presas (mas segundo a mãe da vítima, já estariam em liberdade).

Tazinho (que era “amigo” de Roitman e morava em um quarto alugado na casa da vítima) confessou que recebeu R$ 2 mil para levar Roitman para a emboscada.

A polícia trabalhava com a hipótese de que o desempenho Roitman na delegacia teria contribuído para a motivação do crime. Isso porque Roitman teria dado uma “geral” em um dos presos da delegacia (não havia presídio em Itabirito), depois que esse detento se envolveu em uma briga com outro encarcerado dentro da cadeia.

Pelo fato de Roitman não ser policial, e sim funcionário da Prefeitura “emprestado”, a “geral” teria acirrado uma rixa pessoal (que já existia) entre ele e o encarcerado. Esse preso teria sido um dos envolvidos. Outra razão é o fato de que Roitman denunciou pessoas envolvidas com o tráfico.

Apesar de Roitman estar com cerca de R$ 5 mil no bolso no momento de sua morte (fruto de uma devolução que ele fez de um carro que havia comprado), a polícia descarta a hipótese de latrocínio. “Foi uma infeliz coincidência. Ele ia ser assassinado mesmo que não tivesse nenhum dinheiro em seu bolso”, disse o policial civil Victor Spindola Dias. Não se sabe o que aconteceu com o dinheiro.

Na época, a polícia também não descartou a possibilidade de Roitman ter sido assassinado para que o crime “fragilizasse” a segurança pública de Itabirito. Segundo o delegado, isso por causa do trabalho de repressão ao tráfico de drogas, uma vez que o possível mandante, além de homicida, tinha envolvimento com a venda de entorpecentes.

O caso em detalhes

Dia 1º de agosto de 2013 – Carlos Roitman saiu da delegacia, por volta do meio-dia, para fazer sua “hora de almoço” e entregar alguns documentos oficiais no Fórum de Justiça (procedimento de rotina).

Minutos depois, ele foi flagrado deixando a moto em que estava no posto de gasolina do bairro Santa Rita. Alguns segundos depois, no próprio posto, ele entrou em um Gol que era dirigido por um “amigo”.

Toda movimentação no posto foi flagrada pela câmera de segurança do estabelecimento.

Do Gol, já em outro local, a vítima passou para outro veículo (um Monza que era dirigido por um segundo “amigo” de Roitman). O dono do Gol foi que confessou ter recebido R$ 2 mil para levá-lo para a emboscada. Todos os quatro envolvidos sabiam que Roitman ia ser morto.

O Monza seguiu pela estrada da região do Córrego Seco (a alguns quilômetros da estátua do Cristo Redentor). Aparentemente, quando o carro parou, outros dois comparsas estavam esperando por Roitman.

Carlos Roitman. Foto: reprodução

Já fora do carro, uma briga teria se iniciado entre Roitman e um dos homens. Ele teria tentado atingir a vítima com uma faca. Mas não conseguiu de maneira veemente. Marcas estavam pelo corpo da vítima. Depois de um tempo de luta, um dos homens teria dado dois golpes na cabeça de Roitman. Ele caiu e ficou vulnerável. Acredita-se que a morte se deu, principalmente, pelos traumas na cabeça.

A polícia nega que houve uma tentativa de atear fogo ao corpo. As marcas no rosto da vítima se deram, principalmente, porque Roitman, depois de morto, foi arrastado. O atrito da terra com a pele teria dado, em um dos lados do rosto dele, uma aparência de queimadura. Entretanto, parte da orelha de Roitman estava decepada. Existe a possibilidade do corte ter sido feito com uma faca.

A polícia garantiu que ele foi morto no dia 1º de agosto. Roitman não teria ficado em cativeiro. São mentirosas as informações de que ele teria sido atingido por balas de um revólver ou que teria tido sua cabeça decapitada.

No dia seguinte, o dono do Gol pagou uma dívida de R$ 700, comprou quatro rodas para seu carro e um jogo de suspensão. O dinheiro teria vindo do acerto com o mandante do crime, os tais R$ 2 mil.

A localização do corpo, na região do Córrego Seco, aconteceu porque Roitman teria informado, pelo celular, a uma pessoa, que ele estava naquela região e porque a policia rastreou a última ligação atendida por Roitman.

5 Comentários

  1. Que tristeza em ver essa senhora com tanta dor,cinco anos sem resposta acorda Brasil!!!
    Itabirito cidade sem justiça.Acorda prefeito,ajuda essa senhora.O rapaz era funcionário trabalhador,e os assinamos na rua curtindo a vida… Brincadeira esse nosso país

    1. Julgando sem conhecer …. msm modo que ela quer justiça, nossa família tbm quer . Porque acusar em vão todos podem , nada além de Deus para fazer isso !

    2. Quem julga crimes se chama judiciario na pessoa do juiz, e nao o prefeito. Mais o Brasil é isto um pais onde a policia desvenda crimes e os togados dao liberdade e regalia para bandidos.

  2. Julgando sem conhecer …. msm modo que ela quer justiça, nossa família tbm quer . Porque acusar em vão todos podem , nada além de Deus para fazer isso !

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
×